Trabalhou quase oito anos no Grupo Gazeta Mercantil, passou pelo Valor, DCI e revistas

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Crise eleva o número de pobres no mundo, revela ONU

O agravamento da crise financeira mundial elevou o número de pobres no mundo. É o que mostra o relatório do órgão internacional, a Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta segunda-feira. O documento revela que a proporção de pessoas subnutridas nos países em desenvolvimento, dentres eles o Brasil, aumentou 1% em 2008. Isso aconteceu depois que o índice de famintos no mundo havia caído cerca de 4% desde os anos de 1990.
O documento, chamado de Relatório sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2009, cita que os indíces de pobreza no mundo deixaram de cair e, inclusive, devem estagnar nos próximos anos. Apenas na América Latina a fome deve subir até 13% entre 2008 e 2009. Isso representa um "grande retrocesso", já que o número de famintos no bloco havia recuado 4% entre 1990 e 2006.

A meta da ONU é cortar o número de pessoas famintas pela metade até 2015. Porém, o objetivo está sendo prejudicado pelo aumento dos preços dos alimentos.

"Os preços no mercado internacional, que atingiram patamares muito elevados no início de 2008, começaram a cair a partir de setembro, mas a comida continuou cara para os consumidores nos países em desenvolvimento, principalmente no Brasil, na Índia e na Nigéria", diz o relatório. Mais informações são encontradas no site da ONU: http://www.pnud.org.br/pobreza_desigualdade/reportagens/index.php?id01=3252&lay=pde.

QUEM VAI SOCORRER O POVO?

Na prática, a crise financeira mundial produziu um efeito em cascata. A turbulência começou no sistema financeiro _ sobretudo nos Estados Unidos _ cruzou o oceano atlântico; e ameaça elevar a fome de milhões de pessoas no mundo, principalmente nos países em desenvolvimento.

De onde virá o socorro? O povo não tem a mesma sorte que tem o sistema financeiro. Só para refrescar a memória, em meados de outubro de 2008, um mês após a falência do tradicional banco de investimento americano, o Lehman Brothers, fundado em 1850, os donos das instituições financeiras receberam um pacote de socorro de governo das principais economias do mundo, como Alemanha, França, Austrália e Itália. O pacote estimado em 1,17 trilhão de euros (o equivalente a US$ 1,58 trilhão) buscava cobrir o rombo de bancos prejudicados pela crise do mercado imobiliário, iniciada nos Estados Unidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário