O Banco Central tem feito esforço para garantir a estabilidade do câmbio e, paralelamente, a da economia do Brasil. Exemplo disso é o acúmulo de reservas internacionais que chega a patamares históricos. Hoje somam US$ 210,875 bilhões, segundo os últimos dados da autoridade monetária. Veja: http://www4.bcb.gov.br/?RP20090728.
Graças ao chamado colchão de reservas internacionais, realizado nos últimos anos, a economia brasileira tem conseguido superar a crise mundial, sem grandes estragos. Nos últimos dias tem entrado muito dinheiro estrangeiro na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o que permitiu o Banco Central a aumentar o estoque de moedas de outros países.
Na prática, as reservas internacionais são depósitos em moeda estrangeira nos bancos centrais. Porém, como tudo na vida tem um custo, a manutenção dessas reservas no Brasil tem gerado uma despesa de US$ 14 bilhões, se considerar os números desta quinta-feira. É o chamado custo de oportunidade da estabilibilidade do câmbio. O valor supera os recursos destinados ao programa Bolsa Família deste ano, que são R$ 11,4 bilhões, a serem distribuidos para 11 milhões de famílias.
Custo do carregamento das reservas internacionais
O custo da manutenção desse dinheiro estrangeiro é medido pela diferença entre o rendimento das reservas em moeda estrangeira (3%) e o custo da captação dos recursos em reais (10%). A diferença entre as as duas taxas que é de 7% representa os US$ 14 bilhões, segundo especialistas de mercado, consultados por este blog.
Na prática, o governo vende títulos da dívida pública a investidores (em reais) pagando taxa de juros de cerca de 10%. Com os reais, o governo aplica em dólar, por exemplo, o que garante um rendimento de apenas de cerca de 3%. Os recursos destinados ao pagamento dos juros dos papéis da dívida pública são provenientes do bolso do contribuinte, via pagamento de impostos.
Mais informações sobre reservas internacionais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Reservas_internacionais
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