Dinheiro para FMI, uma estratégia de publicidade

O Ministério da Fazenda anunciou ontem (quarta-feira, 25) um direcionamento de US$ 14 bilhões a um fundo de reservas do FMI. Esta pode ser uma intenção de impressionar o mundo que hoje o Brasil tem bala na agulha e que pode ajudar o Fundo Monetário Internacional _ diferentemente do governo anterior que teve que recorrer ao organismo internacional em uma tentativa de resolver problemas relacionados às contas externas do País.

Enquanto isso, o Brasil continua sendo um dos maiores arrecadadores de impostos do mundo e um dos países que menos investem em saúde e educação, segundo dados do Banco Mundial e OECD, fornecidos por especialistas da Fundação Instituto de Administração (FIA), da USP.

A carga tributária no Brasil ainda é comparada à de um país rico, onde os investimentos em educação e saúde são proporcionais ao que o governo arrecada. Exemplo disso é na Dinamarca, onde reside o maior leão do mundo, mas agasalha a melhor distribuição de renda internacional.

Críticas à manutenção da política do governo de FHC

O livro História do Plano Real, de autoria de Luiz Filgueiras, traz informações de que a política econômica do Brasil continua a mesma que vigorou no governo anterior, de FHC, que fez uma série de mudanças no ambiente econômico para tentar reestruturar o País. Por exemplo, promoveu fortes superávits fiscais primários (economia feita para pagar juros da dívida pública), que, inclusive, foram intensificados no governo Lula. Até então, era crítico dos juros da dívida pública pagos ao sistema financeiro. Leia mais sobre juros da dívida (http://www.adur-rj.org.br/5com/pop-up/divida_custou_590_bi.htm

“A manutenção da política econômica herdada do Governo FHC não cria instrumentos, condições ou espaços para se fazer qualquer tipo de transição. Ao contrário, a sua dinâmica interna recria e reproduz as condições que aprofundam a fragilidade financeira do Estado. Quanto mais se insiste nela, mais complicado e mais difícil fica o seu abandono”, diz o livro do professor e pesquisados do Departamento de Economia Aplicada e do Mestrado de Economia da Faculdade de Ciências Econômicas da UFBA.
Leia mais sobre os valores do Brasil para o FMI: http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=7&id_noticia=309186&editoria=