Trabalhou quase oito anos no Grupo Gazeta Mercantil, passou pelo Valor, DCI e revistas

domingo, 20 de dezembro de 2009

Empurrando com a barriga para 2010

Por Viviane Monteiro

Em Brasília, a tradição de que tudo termina em pizza foi mantida em 2009. Veja abaixo a retrospectiva de 2009, os fatos que marcaram a economia e a política; e os fatores que serão empurrados com a barriga para 2010.


CPI da Petrobras
Não avançou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. A CPI foi criada para apurar suspeitas de irregularidades da estatal que teria sido acusada de ter feito manobra no balanço contábil para pagar menos tributos em 2009. Leia mais: http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1418738-5601,00.html; e no Blog da estatal: http://petrobrasblogdacpi.blogspot.com/


Sarney não largou o osso

Mesmo sob pressão da imprensa e da população, José Sarney (PMDB) não deixou a cadeira Presidência do Senado. Ao assumir o comando da casa pela terceira vez _ em fevereiro de 2009 _ ele voltou a protagonizar os escândalos na atividade pública.


Reforma do Senado Federal

A promessa do Senado Federal de cortar 2,4 mil trabalhadores entre comissionados e terceirizados para o enxugamento da máquina pública não aconteceu. A proposta havia sido prometida pelo presidente da casa, José Sarney (PMDB).


Mercadante permanece na liderança do PT

O ano também foi marcado pelo dia do fico do senador Aloísio Mercadante (PT-SP). Havia ameaçado a sair da liderança do PT, após o partido ter sepultado os escândalos do presidente do Senado Federal, José Sarney (PMDB).


José Arruda resiste às pressões da população

Seguindo a estratégia do senador José Sarney (PMDB), o governador de Brasília, José Arruda, não larga o osso e também tenta ganhar tempo no poder. A estratégia do governador do Distrito Federal de resistir às pressões da mídia e da imprensa pode fazer com que o escândalo político ao qual está envolvido seja esquecido pela população nestas festas de fim de ano.

Reformas estruturais adiadas
Ficam para quando “Deus quiser” a realização das reformas política e tributária prometidas pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na Carta ao Povo Brasileiro, em 2002.


Espetáculo do crescimento

O espetáculo do crescimento econômico não vingou. A economia brasileira deve fechar o ano com crescimento próximo de zero, conforme as previsões de entidades industriais. O cenário econômico foi prejudicado pela crise financeira internacional.


Gazeta Mercantil não voltou

Na área de comunicação, se destaca em 2009 o fim da circulação do jornal Gazeta Mercantil, até então, um dos maiores jornais econômicos da América Latina. Muitos chegaram a falar que o jornal voltaria a circular ainda em 2009.  


Jornal do Brasil não parou...

Enquanto isso, o Jornal do Brasil continua a circular, ao contrário das expectativas do mercado de que o jornal também interromperia a circulação.


Crise adia o déficit nominal zero
Arrefeceram as expectativas do Brasil de alcançar o déficit nominal zero nas contas públicas em 2010. Tal arrefecimento decorre da perda de arrecadação de tributos provocada pela crise financeira internacional. Na prática, o déficit nominal zero é a possibilidade de economizar dinheiro público para quitar integralmente o juro da dívida do governo, não deixando pendências financeiras.
Como 2010 será um ano eleitoral, em que os gastos públicos crescem, a expectativa é que o déficit nominal zero não seja atingido. O aumento das despesas públicas inviabiliza a obtenção do déficit nominal zero.
Leia mais:http://www.fazenda.gov.br/resenhaeletronica/MostraMateria.asp?page=&cod=538454.



Brasileiro continua na "m..."

Depois de quase oito anos na Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu que o brasileiro continua "na merda". Econimistas afirmam, entretanto, que a renda do brasileiro tem melhorando de forma significativa nos últimos anos pelo aumento do salário mínimo e pelos programas sociais. 


CaixaPar avançará mais em 2010

Embora as operações da Caixa Participações (Caixa Par), da Caixa Econômica Federal (CEF), tenham avançado em 2009, pela aquisição de sua primeira participação, a do Banco Pan Americano, do Grupo Silvio Santos (por R$ 739,2 milhões), a maioria dos recursos disponíveis para CaixaPar deve ser desovada apenas em 2010. No total, são cerca de R$ 3 bilhões disponíveis para compra de participações empresariais.


BI da CEF não sai do papel

Já a promessa de criação do Banco de Investimento (BI), também da Caixa Econômica Federal, não saiu do papel. O projeto havia sido anunciado no mesmo período em que foi divulgado o da Caixa Par.


Fundos de investimentos não migram para poupança
 
Não aconteceu a forte migração dos fundos de investimentos (de renda fixa e outros) para o sistema de cadernetas de poupança, em razão do processo de queda da taxa básica de juros (Selic). Controlada pelo Banco Central, a Selic é uma referência das taxas diárias praticadas no mercado. Leia mais: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/12/05/economia,i=159097/BRASILEIRO+GUARDA+PARTE+DO+13+SALARIO.shtml

Um comentário:

  1. Querida amiga numa época especial e para ti em especial desejo um feliz natal e um bom ano
    Do amigo cibernautico:
    António Veiga

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