Um ano após adquirir o Banco Panamericano, a Caixa Econômica Federal (CEF) estuda injetar mais recursos para recompor o capital de giro da instituição e, assim, evitar mais prejuízos que teria com o agravamento da crise envolvendo o conglomerado do empresário Silvio Santos.
Uma fonte do governo confirmou, a este Blog, os sinais dados pelo mercado, de que o Panamericano continua com problemas de liquidez em decorrência do ritmo de saques feitos por correntistas que não acreditam na solidez da instituição, mesmo depois da injeção de R$ 2,5 bilhões pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) como remédio para recompor o capital de giro.
A alternativa agora, segundo a fonte, deve ser a emissão de Certificados de Depósitos Interbancários (CDI) pelo Banco Panamericano, com aquisição pela CEF, o que implicaria na transferência momentânea de recursos de uma instituição financeira para outra, além do uso de recursos públicos para atender a interesses privados.
A proposta, em avaliação pelo Conselho Diretor da Caixa Econômica, é a de a aquisição de CDI seja feita em lotes de milhões de reais até suprir as necessidades financeiras do Panamericano. Em dezembro de 2009, a CEF adquiriu 35% do banco Panamericano por R$ 740 milhões. Resta saber, porém, se a Lei das S.A. que estabelece limites de negócios entre as partes relacionadas permite tal operação.
Acrescentado depois: Dirigentes da CaixaPar, subsidiária do banco público que adquiriu as ações do Panamericano, reconhecem o erro cometido na compra do banco de Silvio Santos, mas hoje tentam corrigi-lo, segundo a fonte, ainda que o comando da CEF tenha negado, em suas declarações à imprensa, eventuais prejuízos na compra do Panamericano. A fonte assegura que o prejuízo de R$ 2,5 bilhões (créditos a receber fictícios) apresentado na contabilidade do Panamericano deverá ser diluído entre os acionistas.
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