Há 28 anos,
o atual ministro da Educação (MEC), Aloizio Mercadante defendia uma onda de greve na educação básica e dos
professores e servidores deflagrada em 1984 em decorrência da depreciação dos salários dos professores.
Aloizio Mercadante |
Na ocasião,
Mercadante era chefe
do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo (PUC) e vice-presidente da
Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior - quando expressou seu ponto de vista em
artigo publicado na revista "Veja" sobre a greve. No período, ele chegou a destacar, em referência à paralização dos professores, que o MEC enfrentava um movimento "indigesto".
"A profissão de docente vem sendo destruída pela
política de arrocho de salários. Inúmeros são os professores que, com prejuízo
para a qualidade dos serviços que prestam à universidade, são obrigados a procurar
outras fontes de renda", dizia Mercadante em meados de 1984.
Aos olhos dos profissionais de educação - protagonistas da nova
onda de greve, parecida com a de 1984 - o cenário não mudou após três décadas. O novo é o papel de
Mercadante que agora, no comando do Ministério da Educação, tem de "digerir" a greve desses profissionais. Parafraseando Galileu Galilei: A terra se move
(eppur si muove).
Mercadante, entre outros atributos, é conhecido como o "irrevogável" pela sua célebre
frase: “Eu subo hoje à tribuna para apresentar minha renúncia à liderança do PT em caráter irrevogável”.
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