Trabalhou quase oito anos no Grupo Gazeta Mercantil, passou pelo Valor, DCI e revistas

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Mercadante: A terra se move!

Há 28 anos, o atual ministro da Educação (MEC), Aloizio Mercadante defendia uma onda de greve na educação básica e dos professores e servidores deflagrada em 1984 em decorrência da depreciação dos salários dos professores.
Aloizio Mercadante
Na ocasião, Mercadante era chefe do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo  (PUC) e vice-presidente da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior - quando expressou seu ponto de vista em  artigo publicado na revista "Veja" sobre a greve. No período, ele chegou a destacar, em referência à paralização dos professores, que o MEC enfrentava um movimento "indigesto".
"A profissão de docente vem sendo destruída pela política de arrocho de salários. Inúmeros são os professores que, com prejuízo para a qualidade dos serviços que prestam à universidade, são obrigados a procurar outras fontes de renda", dizia Mercadante em meados de 1984. 
 Aos olhos dos profissionais de educação - protagonistas da nova onda de greve, parecida com a de 1984 - o cenário não mudou após três décadas. O novo é o papel de Mercadante que agora, no comando do Ministério da Educação, tem de "digerir" a greve desses profissionais. Parafraseando Galileu Galilei: A terra se move (eppur si muove). 
Mercadante, entre outros atributos, é conhecido como o "irrevogável" pela sua célebre frase: “Eu subo hoje à tribuna para apresentar minha renúncia à liderança do PT em caráter irrevogável”.

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