Trabalhou quase oito anos no Grupo Gazeta Mercantil, passou pelo Valor, DCI e revistas

terça-feira, 30 de junho de 2009

O lado belo de Brasília

Nem só de política vive Brasília,
prestes a se tornar uma cinquentona, em 21 de abril de 2010. A capital federal possui características que vão além do lobby político predominante na região. A arquitetura atípica desperta a atenção dos visitantes que circulam pela capital do País. Um dos diferenciais é o plano piloto, região bastante arborizada, traçada em formato de avião e cortada pelo Eixo Monumental que liga as asas Sul e Norte da cidade.

Durante a semana, o movimento populacional de Brasília gira praticamente em torno do plano piloto, especialmente em volta da esplanada dos ministérios, onde estão instalados o Congresso Nacional, Praça dos Três Poderes, os palácios do Planalto e do Itamaraty; e as sedes dos ministérios. É ali que "a fogueira queima", sobretudo entre as terças-feiras e quintas-feiras. Nas segundas-feiras e sextas-feiras os parlamentares dificilmente trabalham.

A cidade possui avenidas em linhas retas que não se cruzam. O acesso entre elas acontece pelas chamadas “tesourinhas”. Ou seja, são os retornos em forma de círculos, com giros de quase 360 graus que foram desenvolvidos pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Não raras vezes o arquiteto é lembrado de forma pejorativa por motoristas que eventualmente se perdem durante tal percurso.

Sem esquinas e sem ruas tradicionais, Brasília é formada por quadras e entrequadras, que se dividem entre casas, prédios residenciais e comerciais. Os empreendimentos são praticamente padronizados, o que confunde as pessoas que não estão habituadas às peculiaridades arquitetônicas da cidade.

Embora esteja situada no cerrado goiano, a capital federal possui um espaço verde impressionante e reservas satisfatórias de águas, graças ao Lago Paranoá, considerado o pulmão da região. Localizado a cerca de dois quilômetros de distância da esplanada dos ministérios, as águas do pântano, represadas, unem as dos lagos Sul e Norte.
O Lago Paranoá ganhou notoriedade na campanha presidencial de Fernando Collor de Mello, que costumava pilotar jet-ski em suas águas. Nos finais de semana, alguns banhistas não resistem à tentação e se banham nas águas calmas do lago como se estivessem numa praia em dia de maré-baixa.
Atravessar as águas do pantâno de barco (ou barca) é uma aventura. Durante o turismo nautico, os interessados poderão visualizar alguns ícones políticos instalados às margens do lago. Exemplo disso é o Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente e a Casa da Dinda, antigo refúgio paradisíaco de Collor na capital federal. É possível ainda realizar festas comemorativas, com direito a drinques e tudo mais durante o percurso. Os serviços são fornecidos por empresas alojadas às margens do lago Sul. É o caso da Barca de Brasília (barcabrasilia.com.br).
Porém, vale lembrar que Brasília tem o maior custo de vida do Brasil, porque a referência de renda, usada pelo comércio e setor de serviços, é baseada nos altos salários de políticos e de servidores públicos.

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