Trabalhou quase oito anos no Grupo Gazeta Mercantil, passou pelo Valor, DCI e revistas

sábado, 29 de agosto de 2009

Palocci reconhece medidas de FHC


Por sua vez, o ex-ministro da Fazenda, Palocci, reconheceu que a estabilidade econômica do Brasil é também reflexo dos ajustes feitos pelo governo anterior, o então presidente Fernando Henrique Cardoso. FHC criou a política de metas de inflação, ancorada à taxa básica de juros, a Selic (que baliza as taxas de juros praticadas no mercado) e a Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece o controle dos gastos públicos. Essas são as principais mudanças realizadas na nossa economia nos últimos anos. Tal ajuste foi feito em momentos de crises externas, sobretudo a da Rússia, em 1998, um dos fatores que levaram o governo FHC a pedir socorro ao Fundo Monetário Internacional (FMI), em 1999. Isso porque, em razão da pressão do câmbio, o Banco Central chegou a perder US$ 10 bilhões das reservas internacionais em janeiro de 1999, ocasião em que o Brasil teve que abandonar o regime de câmbio fixo pelo flutuante (http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2mbio_flutuante). A iniciativa deu um certo “conforto”, em curto prazo, à economia brasileira que, porém, voltou a desmoronar a partir de 2001, na crise nos Estados Unidos, promovida pelos ataques terroristas de 11 de setembro, dentre outros motivos. Tal cenário foi agravado pela insegurança dos investidores externos em relação à chegada de um presidente de esquerda à Presidência da República do Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, Palocci ganhou destaque ao idealizar a chamada Carta ao Povo Brasileiro (http://www.iisg.nl/collections/carta_ao_povo_brasileiro.pdf) do candidato petista, em junho de 2002. Em sua passagem pelo Ministério da Fazenda, Palocci buscou criar um ambiente positivo para atrair investimentos internos e externos e estimular a economia brasileira. Porém, o ex-ministro acabou se envolvendo em escândalos, perdeu credibilidade e foi parar na " geladeira". O cenário parece mudar para Palocci que já é cogitado a ser candidato ao governo de São Paulo nas eleições de 2010. Resta saber qual será a avaliação da opinião pública sobre tal iniciativa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário