Trabalhou quase oito anos no Grupo Gazeta Mercantil, passou pelo Valor, DCI e revistas

domingo, 3 de janeiro de 2010

Judiciário deveria ser reinventado, diz Joaquim Barbosa

Comentário da bloguista: Não apenas o Judiciário teria que ser reiventando, como sugere o ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF). Mas sim, os três Poderes teriam que ser reiventados (Legislativo, Executivo e Judiciário). Pois o atual modelo da política brasileira está esgotado e tornou-se insuportável.

Suas práticas ainda remontam do caudilhismo e do caciquismo, provenientes dos tempos da colonização do Brasil. A chamada política clientelista, cujas práticas se dão por intermédio de concessão de favores e cargos públicos, contribui para que a política brasileira, em parte, se resuma em um ambiente de negócios ilegais.

Leia abaixo a entrevista concedida pelo ministro Barbosa ao jornal O Globo _ Judiciário tem responsabilidade pela corrupção, diz ministro do STF 


O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), se revela descrente da política e deixa clara sua dificuldade para escolher bons candidatos quando votar nas eleições de 2010.

Além disso, é um crítico feroz da Justiça: "O Judiciário tem parcela grande de responsabilidade pelo aumento da corrupção em nosso país", disse, em entrevista ao O Globo, na edição deste domingo.

"O Judiciário teria de ser reinventado", afirmou.

Joaquim Barbosa, há dois anos, ganhou notoriedade por relatar o processo do mensalão do PT e do governo Lula. Em 2009, convenceu os colegas a abrir processo contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) para apurar se ele teve participação no mensalão do PSDB mineiro. Nesta entrevista, o ministro não quis comentar o mensalão do DEM, que estourou recentemente no governo de José Roberto Arruda, do Distrito Federal.

O GLOBO: O senhor é descrente da política?

JOAQUIM: Tal como é praticada no Brasil, sim. Porque a impunidade é hoje problema crucial do país. A impunidade no Brasil é planejada, é deliberada. As instituições concebidas para combatê-la são organizadas de forma que elas sejam impotentes, incapazes na prática de ter uma ação eficaz.

O GLOBO: A quais instituições o senhor se se refere?

JOAQUIM: Falo especialmente dos órgãos cuja ação seria mais competente em termos de combate à corrupção, especialmente do Judiciário. A Polícia e o Ministério Público, não obstante as suas manifestas deficiências e os seus erros e defeitos pontuais, cumprem razoavelmente o seu papel. Porém, o Poder Judiciário tem uma parcela grande de responsabilidade pelo aumento das práticas de corrupção em nosso país. Clique no link e saiba mais: Judiciário tem responsabilidade pela corrupção


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