Trabalhou quase oito anos no Grupo Gazeta Mercantil, passou pelo Valor, DCI e revistas

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Brasileiro decide poupar em momento de crise

Por Viviane Monteiro

Os brasileiros depositaram R$ 98,84 bilhões nas cadernetas de poupança em junho e sacaram R$ 93,72 bilhões. Com isso, os depósitos superaram em R$ 5,115 bilhões os saques – segundo os dados do Banco Central, divulgados ontem. Esse é o melhor resultado da poupança para o mês desde 2002.

Considerando o estoque total, hoje os brasileiros possuem
R$ 449,04 bilhões depositados nas cadernetas de poupança.

Os depósitos nas cadernetas de poupança cresceram mesmo diante de mudanças nas regras de sua aplicação realizadas em meados deste ano pelo governo.
 

Isto é, em 04 de maio, o dinheiro da poupança passou a ser remunerado pela Selic - hoje em 8,5% ao ano. Essa é a taxa básica de juros que serve de referência para o mercado e é controlada pelo Banco Central. 

Anteriormente, o dinheiro depositado em poupança era remunerado por uma taxa de juros de 0,5% ao mês - o que rendia 6,17% ao ano, em média - acrescida da variação da Taxa Referencial de juros (TR), calculada em 0,0144% neste mês. Neste ano, a TR acumula até agora 0,2773% (veja o histórico da TR).

Com as alteração nas regras, o rendimento da poupança hoje é o equivalente a 70% da taxa Selic, mais a variação da TR. 

Crise mundial
Tal cenário mostra que, em plena crise econômica mundial, o brasileiro está cauteloso ao decidir guardar o dinheiro na poupança ao invés de gastar – embora o governo venha fazendo um esforço para aumentar o consumo internamente e aquecer a economia, o Produto Interno Bruto (PIB).

Vale destacar que o brasileiro tem se endividado muito nos últimos anos pela facilidade de crédito no mercado. Hoje
a taxa de inadimplência da pessoa física (consumidor) gira em torno de 8%. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário