Para Nakano, as transformações pelas quais o mundo está passando, sobretudo a economia dos Estados Unidos, tendem a beneficiar a economia brasileira. Nas palavras do economista, a população americana não quer mais ser o centro econômico do universo e nem se responsabilizar mais pelo financiamento do balanço de pagamento mundial. Ou seja, os americanos querem estímulos econômicos para desenvolver a economia interna e reduzir as importações, depois da explosão da crise naquele bloco. Com o recuo do gigante econômico americano que tenta se levantar do tombo da crise, alguns países emergentes tendem a ganhar espaço no mercado mundial. É o caso do Brasil que tem demonstrado "maturidade" na superação da turbulência.
Brasil precisa traçar uma política de longo prazo
Para acelerar o processo de transição de uma economia emergente para uma desenvolvida, o Brasil teria que fazer algumas lições de casa. Nakano defendeu uma política estratégica de longo prazo focada no modelo desenvolvimentista. Ou seja, os próximos governos do Brasil teriam que se esforçar para criar um ambiente positivo de investimento para estimular a infraestrutura, objetivando atrair recursos público e privado. Eles teriam que reduzir a carga tributária a fim de incentivar os investimentos produtivos, embora o consumidor seja o principal pagador de tributos, pois as alíquotas são repassadas aos preços dos produtos.
Nakano sugeriu ainda melhorar a educação e aumentar os investimentos internos. “O dinamismo da economia interna terá que se responsabilizar pelo crescimento do PIB”, proferiu. Na prática, Nakano avalia que a economia brasileira teria que crescer sustentada mais pela força do mercado interno do que pelas exportações que devem cair em decorrência da redução das importações dos Estados Unidos.
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