Trabalhou quase oito anos no Grupo Gazeta Mercantil, passou pelo Valor, DCI e revistas

domingo, 11 de outubro de 2009

Governo brasileiro não pode mais negligenciar a educação

O governo brasileiro precisa mudar sua mentalidade rudimentar e passar a investir mais no ensino público, que até hoje surte os efeitos da ditadura militar _ regime anti-democrático que vigorou entre 1964 e 1985. A economia globalizada e o avanço da tecnologia requerem uma mão-de-obra especializada daqui para frente. O investimento em uma segunda língua, sobretudo a inglesa, será mais do que necessário, pois o Brasil precisa competir em pé de igualdade com os estrangeiros que não perdem tempo para investir na educação. Ao contrário do Brasil que tem uma das piores educação do mundo.
Nos últimos 15 anos, o nosso País avançou muito nos aspectos econômicos, sobretudo a partir da década de 90 quando foram adotados os pilares considerados hoje os responsáveis pela estabilidade econômica. Tais como, o Plano Real, a política de metas de inflação, ancorada à taxa básica de juros, a Selic, que baliza as taxas de juros praticadas no mercado; a Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece o controle dos gastos públicos; e o câmbio flutuante que incentivou o aumento das nossas exportações. Mas a educação não acompanhou tal movimento. Os investimentos no segmento estão aquém do que manda o artigo 212 da Constituição que exige aportes de 18% da receita de impostos na educação. Entre 1999 e 2007, o Brasil investiu apenas 4% do orçamento fiscal no setor. O governo terá que resgatar a prática de investir na educação urgentemente se quiser manter sua competitividade no mercado internacional.
Investimento em educação passa a ser prioridade
A estrutura econômica do Brasil está montada e nenhum louco poderá pensar em alterá-la, a não ser que seja para melhor. Os próximos governos precisam ser competentes e fazer os ajustes necessários, a exemplo do que foi feito na ampliação do programa Bolsa Família que deu poder aquisitivo à população de baixa renda, fazendo aumentar o consumo interno, principalmente no Nordeste, uma região ainda abandonada politicamente e vista apenas como um curral eleitoral. Este foi um dos motivos que estimularam o Brasil a sair mais depressa da depressão econômica, provocada pela crise de liquidez internacional. A educação brasileira é o próximo pilar que vai exigir uma atenção especial do governo, medida considerada mais do que tardia.

Ensino brasileiro afetado pela ditadura militar
O ensino brasileiro foi violentamente afetado pela ditadura militar (1964-1985) que espelhou na educação o caráter anti-democrático de sua proposta ideológica de governo. Hoje os tempos são outros e, por tal razão, a população não pode mais se submeter aos atos ideológicos do governo e às ingerências administrativas públicas. Mais sobre a ditadura: http://www.youtube.com/watch?v=sMH-MzOKbzQ&NR=1
Acabou o regime militar, porém ficaram os vícios do governo, de tentar podar o pensamento da população para que esta não interfira em suas ingerências admistrativas. Na prática, o governo brasileiro continua a pregar a política de pão e circo (época em que os imperadores romanos davam pão e circo ao povo para não se rebelar), na tentativa de manter a população calma e evitar que as massas se rebelem. Enquanto isso, fazem maracutaias e usam o dinheiro público para si. O próximo circo oferecido à população brasileira serão os jogos olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, que vão consumir bilhões de reais do bolso do consumidor, via pagamento de tributos, em obras que muitas vezes serão superfaturadas.

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