Trabalhou quase oito anos no Grupo Gazeta Mercantil, passou pelo Valor, DCI e revistas

sábado, 17 de abril de 2010

Olhares numa janela

Solevando o olhar

percorro a parede nua

nada vejo, apenas sinto!

Tudo fica amurado

nesta parede branca

rasgada por uma janela atrevida

que me mostra o céu

escuro da noite,

os pingos de chuva

acordam o silêncio.

O meu olhar foge

pelos vidros da janela fechada

em busca da liberdade

mas, a escuridão da noite,

as pingas de chuva

cegam-me o horizonte

tudo fica resumido

na esperança de ver o tempo passar

em busca de um olhar mais longo.

Abruptamente a chuva castiga

os vidros da janela

quebrando a soturnidade

dum silêncio deveras mudo.

Pelos vidros projecto os meus sonhos,

a vontade de ser

algo mais que um número

ou um observador de janela

em busca de coisas

que o escuro da noite

não consegue esconder!...


Um comentário:

  1. Obrigado por visitares e sinto-me honrado por gostares dos meus poemas.

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