Trabalhou quase oito anos no Grupo Gazeta Mercantil, passou pelo Valor, DCI e revistas

terça-feira, 31 de julho de 2012

O futuro da Amazônia sob a ótica de antropólogos e sociólogos


O enfraquecimento de agências multilaterais de cooperação internacional começa a ameaçar as políticas para conservação da Amazônia Legal. A afirmativa é do presidente do Programa Nova Cartografia Social, Alfredo Wagner de Almeida, que ministrou conferência, na sexta(26), na 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em São Luís.

Alfredo Wagner de Almeida
Isso porque alguns órgãos internacionais encolheram os recursos destinados à proteção e conservação da Amazônia Legal. Por esse motivo, alguns Estados que detêm o título de Amazânia Legal querem tirar esse rótulo de suas áreas, via processos judiciais.

Na prática, esses Estados querem “liderar mais terras segundo as quais consideram ser produtivas”, em detrimento da conservação da natureza.

Sob o tema “Povos e comunidades tradicionais atingidos por projetos militares”, o antropólogo alertou sobre a ação de sete estados que buscam reduzir a Amazônia Legal, cujos projetos tramitam no Legislativo.

Dentre os quais estão Mato Grosso que prevê retirar o rótulo de Amazônia Legal de uma parte de suas terras, igualmente a Rondônia, que também prevê o mesmo objetivo. Já o Maranhão e Tocantins querem tirar o título de 100% de suas áreas consideradas Amazônia Legal.

“Essa é uma primeira tentativa de reduzir a Amazônia Legal, pois esses estados agora não gozam mais dos benefícios concedidos pelas agências internacionais multilaterais”, analisou Almeida, também conselheiro da SBPC e professor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

A Amazônia Legal engloba uma superfície de aproximadamente 5.217.423 km², o equivalente a cerca de 61% do território brasileiro. Foi instituída com objetivo de definir a delimitação geográfica da região política captadora de incentivos fiscais para promoção do desenvolvimento regional.

Leia a matéria na íntegra: Uma leitura de antropólogos e sociólogos sobre o futuro da Amazônia

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